3 de abr. de 2011

Recadinhos Bem Humorados de Deus

Recadinhos Bem Humorados de Deus

referente a:

"Recadinhos Bem Humorados de Deus"
- Hotmail - alessandra_c7@hotmail.com - Windows Live (ver no Google Sidewiki)

Entrada do Google Sidewiki por alessandra

Recadinhos Bem Humorados de Deus

referente a:

"Recadinhos Bem Humorados de Deus"
- Hotmail - alessandra_c7@hotmail.com - Windows Live (ver no Google Sidewiki)

28 de mar. de 2011

natura

quem quiser comprar natura so entrar em contato no numero 91375752 ou email. alessandra_c7@hotmail.com

referente a: Revista Natura V3 - SPIL (ver no Google Sidewiki)

6 de mar. de 2011

Entrada do Google Sidewiki por alessandra

http://www.google.com/sidewiki/entry/marqalessandra/id/wzFwtnQZgaFrQwNeqBZ0gz-C8g8

referente a:

"Oração das mulheres resolvidas!   Que o mar vire cerveja e os homens tira gosto,que a fonte nunca seque,e que a nossa sogra nunca se chame Esperança,porque Esperança é a última que morre...   Que os nossos homens nunca morram viúvos,e que nosso filhos tenham pais ricos e mães gostosas!"
- Alessandra Ferreira Marques (ver no Google Sidewiki)

ALE

Oração das mulheres resolvidas!



Que o mar vire cerveja e os homens tira gosto,que a fonte nunca seque,e que a nossa sogra nunca se chame Esperança,porque Esperança é a última que morre...



Que os nossos homens nunca morram viúvos,e que nosso filhos tenham pais ricos e mães gostosas!



Que Deus abençoe os homens bonitos,e os feios se tiver tempo....

referente a:

"Oração das mulheres resolvidas!   Que o mar vire cerveja e os homens tira gosto,que a fonte nunca seque,e que a nossa sogra nunca se chame Esperança,porque Esperança é a última que morre...   Que os nossos homens nunca morram viúvos,e que nosso filhos tenham pais ricos e mães gostosas!   Que Deus abençoe os homens bonitos,e os feios se tiver tempo...."
- Alessandra Ferreira Marques (ver no Google Sidewiki)

ALE

Uma noite, um velho índio falou ao seu neto sobre o combate que

acontece dentro das pessoas.

Ele disse:

- Há uma batalha entre dois lobos que vivem dentro de todos nós.

Um é Mau - É a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça,

arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade,

orgulho falso, superioridade e ego.

referente a:

"Uma noite, um velho índio falou ao seu neto sobre o combate queacontece dentro das pessoas.Ele disse:- Há uma batalha entre dois lobos que vivem dentro de todos nós.Um é Mau - É a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça,arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade,orgulho falso, superioridade e ego."
- Alessandra Ferreira Marques (ver no Google Sidewiki)

ORKUT

13 de set. de 2010

A VIRADA CONTRA O PT!!!!

VIRADA CONTRA O PT - CORRENTE

REPASSANDO



Importante esclarecimento:



Se esta mensagem circular de maneira vigorosa, o Jornal Nacional vai ter que enfrentar o Lula e perguntar aquilo que todos nós queremos saber.

Queremos que Bonner e Fátima façam as perguntas a Lula que o Reinaldo Azevedo sugere para a entrevista do Jornal Nacional:

1) O senhor prometeu criar 10 milhões de empregos e chegará ao fim do mandato criando quatro milhões. Neste tempo, a renda da classe média caiu, e os empregos gerados se concentram na faixa de até 2 salários mínimos. A chamada distribuição de renda do seu governo não se faz à custa do empobrecimento dos menos pobres?

2) O Senhor disse que banqueiro lucra no seu governo e, por isso, não precisa de Proer. O Senhor sabe quantos Proers o Brasil paga por ano para sustentar os juros reais mais altos do mundo?

3) O seu filho, até bem pouco tempo antes de o Senhor assumir a Presidência, era monitor de Jardim Zoológico e, hoje, já é um empresário que a gente poderia classificar de milionário. O Senhor não acha uma ascensão muito rápida?

4) Genoino sabia do mensalão. Silvio Pereira sabia do mensalão. Dirceu sabia do mensalão. Ministros foram avisados do mensalão.
Só o senhor, da cúpula, não saberia. O senhor não acha que, nesse caso, não saber é tão grave quanto saber? E se houver mais irregularidades feitas por amigos seus que o senhor ignore?

5) Presidente, na sua gestão, as invasões de terra triplicaram, caiu o número de assentamentos e mais do que dobrou o número de mortos no campo. Como o senhor defende a sua política de reforma agrária?

6) O senhor não tem vergonha de subir em palanque onde estão mensaleiros e sanguessugas?

7) Presidente, em 2002, o Brasil exportava a metade do que exporta hoje, e o risco país era sete ou oito vezes maior. O país pagava 11% de juros reais. Hoje, continuamos a pagar mais de 10%. Como o senhor explica isso?

8) Em 2002, o governo FHC que o Senhor tanto critica repassou para São Paulo, na área de segurança, R$ 223,2 milhões.
Em 2005, o seu governo repassou apenas R$ 29,6 milhões. Só o seu avião custou R$ 125 milhões.
Não é muito pouco o que foi dado ao Estado que tem 40% da população carcerária do país?

9) Quando o Senhor assumiu, o agro negócio respondia por mais de 60% do superávit comercial. Quase quatro anos depois, o setor está quebrado, devendo R$ 50 bilhões. O Senhor não acha que o seu governo foi um desastre na área?


Esta é uma corrente... .

Funciona assim:

Se você passar este e-mail para pelo menos 10 outras pessoas e estas passarem para outras 10, e assim por diante, ao final de outubro um milagre irá acontecer e beneficiará você e sua família e a todas as famílias que repassaram esta corrente .Já se você simplesmente ignorar esta corrente, não a repassando, ao final de outubro você será amaldiçoado com o pior de todos os pesadelos: aturar a ``perereca ignorante`` por quatro longos anos de sua vida!!!!

Pense bem !!

Vamos relembrar

as "qualidades" do nosso Presidente :

-ele não estudou;

-ele NUNCA trabalhou, apesar de ser "Líder" dos trabalhadores;

-ele tem um belo salário como Presidente;

-ele tem um belo salário do Partido, sem trabalhar;

-ele também recebe pensão como ANISTIADO (????)

-ele tem aposentadoria;

-ele tem filhos estudando no exterior;

-ele não paga aluguel da mansão onde mora;

-ele desconhece os preços de supermercado, padaria ,farmácia, açougue, etc;

-ele viaja ( e muito ) de avião luxuoso comprado com nosso dinheiro só para ele;

-ele tem carros;

-ele não fala inglês, espanhol ou outra língua, nem o português;

-ele tem ternos italianos;

-ele tem fazendas;

-ele não tem experiência administrativa ;

-ele não tem humildade;

-ele traiu todos seus compromissos de campanha;

-ele defende, hoje, tudo quanto atacava e era contra na política do Presidente anterior;

-ele não tem vergonha em dizer que "é do povo", mesmo vivendo como um rei .

Detalhe:

"O NOSSO PRESIDENTE", se quisesse, não poderia ser um GARI DE RUA.

O concurso de GARI exige ensino fundamental.


Não se esqueçam!

Foi a Internet que ganhou o plebiscito do desarmamento.

Portanto, podemos vencer essa eleição também, se nos concentrarmos em um candidato melhor que o Lula.

Com ela: PODE FICAR MUITO PIOR.

Vamos fazer a nossa parte.

Encaminhe essa mensagem a TODOS que você conhece

"Pensamentos tornam-se ações, ações tornam-se hábitos, hábitos tornam-se caráter, e nosso caráter torna-se nosso destino".

10 de set. de 2010

Vergonha brasil !!!


VOTE NA DILMA

por Arnaldo Jabor



VOTE NA DILMA !

As promoções da época!

Vote na Dilma e ganhe, inteiramente gratis, um José Sarney de presente agregado ao Michel Temmer.

Mas não é só isso, votando na Dilma você também leva, inteiramente grátis (GRÁTIS???) um Fernando Collor de presente.

Não pense que a promoção termina aqui.

Votando na Dilma você também ganha, inteiramente grátis, um Renan Calheiros e um Jader Barbalho.

Mas atenção: se você votar na Dilma, também ganhará uma Roseana Sarney no Maranhão, uma Ideli Salvati em Santa Catarina e uma Martha Suplício em S. Paulo.

Ligue já para a Dirceu-Shop, e ganhe este maravilhoso pacote de presente: Dilma, Collor, Sarney pai, Sarney filho, Roseana Sarney, Renan Calheiros, Jáder Barbalho, José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoíno, e muito, muito mais, com um único voto.

E tem mais, você também leva inteiramente grátis, bonequinhos do Chavez, do Evo Morales, do Fidel Castro ao lado do Raul Castro, do Ahmadinejad, do Hammas e uma foto autografada das FARC´s da Colombia.

Isso sem falar no poster inteiramente grátis dos líderes dos bandidos "Sem Terra", Pedro Stedile e José Rainha, além do Minc com uniforme de guerrilheiro e sequestrador.

Ganhe, ainda, sem concurso, uma leva de deputados especialistas em mensalinhos e mensalões. E mais: ganhe curso intensivo de como esconder dinheiro na cueca, na meia, na bolsa ..., ministrado por Marcos Valério e José Adalberto Vieira da Silva e José Nobre Guimarães.

Tudo isto e muito mais!

TSE retira comentário do Arnaldo Jabor do Site da CBN

Leia o comentário de Dora Kramer, Estadão de Domingo:

'A decisão do TSE que determinou a retirada do comentário de Arnaldo Jabor do site da CBN, a pedido do presidente 'Lula' até pode ter amparo na legislação eleitoral, mas fere o preceito constitucional da liberdade de imprensa.

A VERDADE ESTÁ NA CARA, MAS NÃO SE IMPÕE.

(ARNALDO JABOR)

O que foi que nos aconteceu?

No Brasil, estamos diante de acontecimentos inexplicáveis, ou melhor, 'explicáveis' demais.

Toda a verdade já foi descoberta, todos os crimes provados, todas as mentiras percebidas.

Tudo já aconteceu e nada acontece. Os culpados estão catalogados, fichados, e nada rola.

A verdade está na cara, mas a verdade não se impõe. Isto é uma situação inédita na História brasileira!

Claro que a mentira sempre foi a base do sistema político, infiltrada no labirinto das oligarquias, mas nunca a verdade foi tão límpida à nossa frente e, no entanto, tão inútil, impotente, desfigurada!

Os fatos reais: com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou no governo e desviou bilhões de dinheiro público para tomar o Estado e ficar no poder 20 anos!

Os culpados são todos conhecidos, tudo está decifrado, os cheques assinados, as contas no estrangeiro, os tapes, as provas irrefutáveis, mas o governo psicopata de Lula nega e ignora tudo!

Questionado ou flagrado, o psicopata não se responsabiliza por suas ações. Sempre se acha inocente ou vítima do mundo, do qual tem de se vingar. O outro não existe para ele e não sente nem remorso nem vergonha do que faz!

Mente compulsivamente, acreditando na própria mentira, para conseguir poder. Este governo é psicopata!!! Seus membros riem da verdade, viram-lhe as costas, passam-lhe a mão nas nádegas. A verdade se encolhe, humilhada, num canto. E o pior é que o Lula, amparado em sua imagem de 'povo', consegue transformar a Razão em vilã, as provas contra ele em acusações 'falsas', sua condição de cúmplice e Comandante em 'vítima'!

E a população ignorante engole tudo... Como é possível isso?

Simples: o Judiciário paralítico entoca todos os crimes na Fortaleza da lentidão e da impunidade. Só daqui a dois anos serão julgados os indiciados - nos comunica o STF.

Os delitos são esquecidos, empacotados, prescrevem. A Lei protege os crimes e regulamenta a própria desmoralização Jornalistas e formadores de opinião sentem-se inúteis, pois a indignação ficou supérflua. O que dizemos não se escreve, o que escrevemos não se finca, tudo quebra diante do poder da mentira desse governo.
Sei que este é um artigo óbvio, repetitivo, inútil, mas tem de ser escrito...

Está havendo uma desmoralização do pensamento.

Deprimo-me:

Denunciar para quê, se indignar com quê? Fazer o quê?'

A existência dessa estirpe de mentirosos está dissolvendo a nossa língua. Este neocinismo está a desmoralizar as palavras, os raciocínios. A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV, rádio, tudo fica ridículo diante da ditadura do lulo-petismo.

A cada cassado perdoado, a cada negação do óbvio, a cada testemunha, muda, aumenta a sensação de que as idéias não correspondem mais Aos fatos!

Pior: que os fatos não são nada - só valem as versões, as manipulações.

No último ano, tivemos um único momento de verdade, louca, operística, grotesca, mas maravilhosa, quando o Roberto Jefferson abriu a cortina do país e deixou-nos ver os intestinos de nossa política.

Depois surgiram dois grandes documentos históricos: o relatório da CPI dos Correios e o parecer do procurador-geral da república. São verdades cristalinas, com sol a Pino.

E, no entanto, chegam a ter um sabor quase de 'gafe'.

Lulo-Petistas clamam: 'Como é que a Procuradoria Geral, nomeada pelo Lula, tem o desplante de ser tão clara! Como que o Osmar Serraglio pode ser tão explícito, e como o Delcídio Amaral não mentiu em nome do PT ? Como ousaram ser honestos?'
Sempre que a verdade eclode, reagem.

Quando um juiz condena rápido, é chamado de exibicionista'. Quando apareceu aquela grana toda no Maranhão (lembram, filhinhos?), a família Sarney reagiu ofendida com a falta de 'finesse' do governo de FH, que não teve a delicadeza de avisar que a polícia estava chegando...

Mas agora é diferente.

As palavras estão sendo esvaziadas de sentido. Assim como o stalinismo apagava fotos, reescrevia textos para contestar seus crimes, o governo do Lula está criando uma língua nova, uma neo-língua empobrecedora da ciência política, uma língua esquemática, dualista, maniqueísta, nos preparando para o futuro político simplista que está se consolidando no horizonte.

Toda a complexidade rica do país será transformada em uma massa de palavras de ordem , de preconceitos ideológicos movidos a dualismos e oposições, como tendem a fazer o Populismo e o simplismo.

Lula será eleito por uma oposição mecânica entre ricos e pobres, dividindo o país em 'a favor' do povo e 'contra', recauchutando significados que não dão mais conta da circularidade do mundo atual. Teremos o 'sim' e o 'não', teremos a depressão da razão de um lado e a psicopatia política de outro, teremos a volta da oposição Mundo x Brasil, nacional x internacional e um voluntarismo que legitima o governo de um Lula 2 e um Garotinho depois.

Alguns otimistas dizem: 'Não... este maremoto de mentiras nos dará uma fome de Verdades'!

ESSE TEXTO PRECISA E DEVE SE TRANSFORMAR NA MAIOR CORRENTE QUE A I

Facebook (11) | o nosso governo...vergonha

Facebook (11) | o nosso governo...vergonha: "– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

2 de set. de 2010

orkut - início

orkut - início: "– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

1 de set. de 2010

Globo.com - Absolutamente tudo sobre esportes, notícias, entretenimento e vídeos

Globo.com - Absolutamente tudo sobre esportes, notícias, entretenimento e vídeos: "– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

Bem-viver

Bem-viver: "Disse o lama budista Padma Santem, durante um congresso: “Digamos que alguém olha para uma planta que se encontra num vaso dentro da casa. Pelo olhar compassivo, em vez observar se gosta dela ou não, pergunta como é que ela se sente sem a luz do sol, a água da chuva e sem as suas plantas amigas e companheiras. Quando olhamos uma planta pensando se gostamos ou não, nossa mente opera obstruída pela sensação de gostar ou não gostar. Uma inteligência maior é olharmos para aquela planta perguntando do que ela necessita. E mais do que isso, nós podemos olhá-la e ver com os olhos do bom jardineiro quais as flores e frutos que essa planta tem escondidas dentro dela, e que ela mesma não sabe.” Exercício para desenvolver afetividade: Pense em pessoas a quem ama, num animal de estimação ou algo de que gosta muito. Deixe esse sentimento de afetividade se espalhar por todo o seu ser, numa gostosa vibração de ternura e alegria. Quando sentir que a ternura tomou conta de você, continue sustentando essa vibração tão boa e comece a pensar em alguém com quem antipatiza. Olhe mentalmente para esse alguém com aquele olhar do bom jardineiro, perguntando a si mesmo quais as flores e frutos que essa pessoa tem escondidas dentro dela, e que ela mesma não sabe. Com esse novo olhar, procure sentir afeto por ela e lhe envie uma vibração de compreensão, de amorosidade. Se o seu coração estiver repleto de amor será muito fácil envolver essa pessoa nessas vibrações divinais. Pense agora num inimigo, ou em alguém de quem você realmente não gosta. Olhe mentalmente para essa pessoa com o olhar do bom jardineiro, informando a si mesmo de que o Pai, ao semear aquele espírito nas dimensões da matéria, também colocou em seu interior as boas sementes que só estão aguardando o momento oportuno para germinar. Com esse tipo de informação que você dá a si mesmo já poderá começar a “ver” seu desafeto, seu inimigo, com outro olhar e perguntar a si mesmo o que pode fazer para ajudá-lo a despertar sua luz interior. As respostas para essa pergunta você mesmo encontrará, nem que seja através de preces por ele e de vibrações positivas a ele direcionadas. Encerrando esse exercício de luz, sinta a felicidade daqueles que estão começando a aprender a vivenciar a grandiosidade do verdadeiro amor. – Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

29 de ago. de 2010

Digital Blasphemy - derek - Álbuns da web do Picasa

Digital Blasphemy - derek - Álbuns da web do Picasa: "Desert Snow © 2006 Ryan Bliss Fluorescence © 2000 Ryan Bliss Cosmogony © 2006 Ryan Bliss Chikusei © 2006 Ryan Bliss Arctica © 2004 Ryan Bliss Archipelago © 2005 Ryan Bliss Last Light of the Sun © 2005 Ryan Bliss Idyll © 2004 Ryan Bliss Desert Snow © 2006 Ryan Bliss Satori © 2003 Ryan Bliss November Snow © 2005 Ryan Bliss Endless Blue © 2005 Ryan Bliss Coalescence © 2005 Ryan Bliss Vigil © 2004 Ryan Bliss – Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

Imagens do Blogger - alessandra - Álbuns da web do Picasa

Imagens do Blogger - alessandra - Álbuns da web do Picasa: "– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

28 de ago. de 2010

Blog do Cascione

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Blog do Cascione

31/01/2010

MULHERES AO VENTO

Jamais acolhi o noroeste com simpatia. E tenho o apoio de um dicionário que ao invés de defini-lo, digamos, com hipocrisia, faz uma franca revelação: - vento variável, quente, de efeitos desagradáveis, que anuncia mau tempo.

Há quem receba o noroeste com bons olhos, e o aceite, na pele e na alma, sem restrições. Eu, não.

De um modo geral, desagradam-me todos os tipos de ventos, venham de onde vierem. Às vezes eles são úteis e necessários mas, francamente, sopram sempre contra minha rebeldia e minha intolerância.

Submeto-me, no entanto, a alguns ventos, com certa complacência. Mas, com o noroeste, não me dou. Nem me reconciliarei jamais. Ele judia do meu corpo, e me castiga o espírito. Talvez sua única virtude seja espantar o bolor dos armários.

Sorrateiro, ele penetra pelas portas da madrugada e, durante o dia, age.

Os maus humores planam no sopro desse vento impulsivo. Suas rajadas mornas fazem as pessoas impacientes, e, salvo os mansos de espírito, todos se tornam irritáveis, brutos, neurastênicos e ríspidos.

Em suma: antes de irromper o mau tempo que ele prenuncia, o noroeste põe tempestades na alma da gente.

Foi, sem dúvida, esse vento torto, a causa de um conflito, no meio da tarde, no meio da praça.

Eram duas mulheres improváveis. Estavam dentro de seus automóveis - mimosos tanques de guerra, graciosos encouraçados, suaves bigas tecnológicas, afáveis cavalos de aço com os quais ambas se enfrentavam numa versão moderna de antigos torneios medievais, no meio no trânsito urbano.

Duas belas mulheres, gladiadoras combatendo com suas máquinas mortíferas, perseguindo-se na arena de asfalto, alternando fechadas e manobras homicidas, rugindo buzinas, arremetendo em estocadas de paralama contra paralama, fulminando-se com seus olhos vítreos, faces endurecidas, despejando uma torrente de palavrões de seus lábios de mel.

Foi um feio espetáculo.

Não cometerei a leviandade de definir o gesto das duas combatentes como um dos sinais dos tempos de igualdade entre homens e mulheres até mesmo no exercício da grosseria explícita, da truculência incontida.

Não, não creio nisso só por ter visto a batalha campal que o atônito povo da praça também viu.

Certamente as duas belas mulheres foram enlouquecidas pelas rajadas mornas desse vento intrigante, semeador de desertos nos corações humanos. Elas estavam coagidas pelo noroeste.
Portanto, guardei comigo uma vaga esperança de que, ao mudar o vento, elas voltarão a ser calmas e delicadas. E terão, em seu semblante, uma sublime suavidade. E em sua voz, a doçura de palavras brandas. No gesto meigo, a ternura, E na alma, a dignidade: essência da mulher de verdade; beleza interior que nem a vida, nem o tempo, nem todos os ventos jamais conseguirão apagar.

Escrito por Vicente Cascione �s 22h36
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LÁGRIMAS

No encontro de duas avenidas, no desvario da cidade, luzes vermelhas obrigam-me a parar.

Naquele momento breve, no meio da noite, forma-se um rebanho de máquinas, e cada uma é um mundo particular, um claustro, um refúgio onde posso pensar sentindo a liberdade de minha solidão, que o automatismo de dirigir, não perturba.

À minha esquerda, em seu carro, uma mulher está só. A lâmpada da rua clareia seu rosto pálido, deixando-lhe nítido o perfil que parece ser um retrato, em sépia, de tempos antigos.

Vejo que ela está chorando. Em sua face inerte, de olhos submissos às cores do semáforo, brilha o rastro úmido de uma lágrima.

Ela leva aos olhos, com ambas as mãos, um lenço pequenino.

O sinal nos liberta, e todos partimos, em paralelas que não se encontram, cada um em busca de seu destino.

Mas logo adiante paramos outra vez, por coincidência, lado a lado.

Ela repete o gesto, tocando os olhos com seu lenço, depois apóia as mãos sobre o volante, e permanece imóvel, enquanto outra lágrima desce, lentamente, nesse rosto de uma pintura antiga.

Não a vi mais, pelo desencontro dos caminhos, em meio ao inquieto rebanho que se dispersa, e sempre se renova.

Nem tive tempo de lhe perguntar por que chorava.

No entanto, comoveu-me o pranto daquela mulher de lágrimas insuspeitas. As lágrimas vertidas, por quem está só, são tragicamente verdadeiras.

Parti, sem lhe conhecer os motivos da amargura.

Talvez a morte tenha-lhe arrebatado uma pessoa amada, e ela cumpria seu caminho torturada por dolorosas lembranças.

Quem sabe uma criatura querida estivesse enferma ou em ruínas. Ou lhe faltasse alguém, cuja ausência povoa de saudades a alma da gente. Quem sabe ?

Mas pode ter sido, simplesmente, o fim de um romance. De um longo romance, duradouro, antigo - marido, companheiro, amante – e ela mergulhada na angústia de sentir-se desamada.

Ou era apenas o término de um caso agudo e fugaz, como a frágil chama do infinito, que não era...

Minha prezada e amargurada dama antiga, cujas lágrimas observei com discrição, e em silêncio. Se o motivo de seu pranto foi o rompimento de um grande amor, ou o fim do enlevo de uma paixão, dou-lhe, modestamente, um útil conselho: não chore mais.

Nesta vida, restam sempre outras dores pelas quais é inevitável chorar. Guarde, pois, o seu pranto.

Este velho cronista de tantas vidas escritas lamenta dizer-lhe que a maioria dos homens não vale o desperdício de uma lágrima.

Nós, os homens – salvo os ungidos pelas bem-aventuranças - não merecemos um pranto verdadeiro derramado de olhos bons, mesmo que ele dure o brevíssimo tempo entre o instante de apagar-se o vermelho e irromper o verde, de um semáforo comum, de uma esquina qualquer.


Escrito por Vicente Cascione �s 22h34
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O APARTAMENTO


“Aluga-se”.

Há mais de um ano a placa está ali, junto à sacada do apartamento. O prédio antigo, de três pavimentos, mantém a cor original de suas fachadas voltadas para a rua Vital Brasil, e a avenida Pinheiro Machado.

Anoto o número do telefone escrito na placa, faço a chamada e uma mulher gentil informa o endereço da imobiliária. Vou até lá. Confesso-lhe não pretender alugar o apartamento mas, ainda assim, peço-lhe as chaves, para poder visitá-lo. Explico o motivo, e ela, prontamente, concorda. Prometo que, ao meio-dia, retornarei para devolver as chaves.

Abro a porta de entrada do prédio, quase desabitado. Apenas dois apartamentos têm moradores. Subo, lentamente, por escadas estreitas, e quando chego ao hall do terceiro pavimento iluminado pelos raios de sol através de um vitrô, revejo a velha porta do apartamento 12.

Abro a porta, e permaneço imóvel por alguns instantes contemplando a sala vazia. Então, refaço meus passos, como antigamente. Depois de passar pela sala, ingresso no corredor, e à esquerda, na cozinha diminuta, revestida dos mesmos azulejos, está a pia, de mármore encardido e gasto. Pelo vão da porta do banheiro, à direita, percebo que nada mudou. No espaço estreito do box permanece a haste de ferro onde corria uma cortina de plástico. No pequeno espelho sobre a pia antiga, revejo minha imagem transfigurada pelo tempo.

Entro, primeiro no quarto baldio, onde havia a cama, o berço, os criados-mudos, e o rádio de cabeceira. No outro quarto, também vazio, imagino o armário escuro, a escrivaninha com a velha cadeira desaparecida no dia da mudança, e a radiovitrola, que também se perdeu.

Em minha mente, os ruídos do bonde, sob a janela, voltam nítidos, à lembrança. Não sei quando ele terá feito sua última viagem.

De repente, parece que acabo de chegar em casa, na rotina de cada dia. Trinta e cinco anos se passaram e a memória inunda-se de imagens e sentimentos, guardados na alma, para sempre.

As madrugadas em que eu me debruçava sobre os livros de estudo, crônicas escritas à mão na escrivaninha antiga, o choro do bebê no meio da noite, a doce onipresença da mulher-menina, o começo de uma vida em que havia apenas coragem e esperanças, tudo emergiu do passado nesta manhã de sábado, que deixou para trás tanta vida, e este apartamento vazio, cujas paredes nuas parecem amargas e tristes, pelo abandono dos ausentes.

Não entendo por que a placa - aluga-se – permanece ali, há tanto tempo, como uma súplica, junto à sacada do apartamento. Não sei como algum visitante interessado não percebeu, em seu interior, debaixo daquele teto, o lugar ideal para viver seus sonhos.

Os sonhos da minha vida começaram a ser construídos a partir de um pequeno mundo, onde, faltando quase tudo, nada parecia faltar.

Agora, saio do apartamento com um sentimento de remorso por tê-lo deixado um dia. Um pouco da felicidade sempre fica para trás, quando se vai embora.

Devolvi as chaves, e confessei à gentil mulher que, nessa visita ao passado, reencontrei, em pranto comovido, a melhor parte de mim mesmo, que me abandonou, um dia, deixando-me a imensa dor da saudade.


Escrito por Vicente Cascione �s 22h33
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10/01/2010

A UNIVERSIDADE E A MOÇA

O bom senso recomenda não se discutir sobre religião, política e futebol. Por que? Por ser absolutamente inútil.

Pessoalmente, vou além. Não tenho o hábito de discutir sobre coisa alguma. Apenas arrisco-me a emitir algumas opiniões por dever de ofício, ou, raramente, quando me pedem.

Mas, mesmo achando útil e prudente ficar quieto no meu canto, às vezes decido dizer o que penso, ainda que o pensamento não se enquadre nos padrões “politicamente corretos”. Nesse caso, eu deveria estar amparado pelo decantado direito à liberdade de expressão. Mas, às vezes, o direito de expressão é, apenas, privilégio de alguns poucos. À maioria do rebanho, cabe, como regra, o dever da submissão. E do silêncio, como resposta.

Li, na chamada grande imprensa, um texto sobre “A Turba da Uniban”, assinado por um notório doutor em psicologia. Foi o caso de uma loura universitária que, segundo esse célebre psicólogo, “foi para a faculdade pronta para encontrar seu namorado depois das aulas: estava de minivestido rosa, saltos altos, maquiagem – uniforme de balada”.

Ela foi fotografada, filmada e xingada, pelos “boçais” “que se aglomeraram numa turba” - escreveu o doutor - sustentando que os alunos atacaram a moça por ter “ódio do feminino... ou seja, da idéia de que as mulheres tenham ou possam ter um desejo (sexual) próprio”, e porque ela cometeu a “aventura de desejar”, a “imprudência de querer”.

E, o emérito psicólogo, finalizou: “Em particular, eu acreditava que, depois de 40 anos de luta feminista, ao menos um objetivo tivesse sido atingido: o reconhecimento pelos homens de que as mulheres (também) desejam”

Vi, pela internet, as cenas do trágico reality show da Uniban. O psicólogo poderia ter começado sua análise a partir dessa expressão. Uma parte da sociedade destes tempos de cólera, incorporou a idéia de que somos todos protagonistas ou personagens de um reality show,xx em que o direito de um indivíduo de fazer o que bem entende corresponde ao direito do outro de também fazer o que bem entende.

Se, em seu texto, o doutor pretendeu condenar a “turba” cuja ação foi, sim, absolutamente brutal, ele acabou por criar uma justificativa “psicológica” para a atitude animalesca, digo, “humanesca” dos universitários, com o perdão da palavra.

O dito psicólogo escreveu que a moça, usando um minivestido, foi à faculdade em “uniforme de ir à balada”. Ora, apesar de em certos casos ambas as “instituições” se confundirem, uma faculdade, ao que parece, não é uma balada, onde regras de ética e de decoro são estabelecidas e aceitas por seus fiéis adeptos. Cada um na sua...

Mas o mais grave, no pensamento do doutor, é ele ter afirmado que a moça exercia, na faculdade, sua livre manifestação de “desejo sexual”, de seu instinto, do qual as mulheres também são dotadas (quase SIC).

Ora, se essa é a idéia, o doutor não pode ignorar, como psicólogo, que a psicologia da multidão é o produto da potencialização e multiplicação dos instintos e aberrações individuais.

Assim, se – na cabeça do bravo psicólogo – ao dirigir-se à faculdade, a moça exercia seu “desejo sexual”, então, eu seria levado à conclusão de que, diante do desejo expresso da moça – e sendo ela um objeto do desejo masculino – a multidão de “boçais”, por seu turno, teria, também, manifestado, o seu desejo, talvez, individualmente, represado.

Perigosa a visão do doutor. Talvez fosse mais científico ir a fundo na análise do comportamento dessa inquietante parte da sociedade que vai do reality show ao exibicionismo, da ausência de limites à animalidade...“humanesca”, da anestesia espiritual ao paroxismo da matéria e dos instintos, do naufrágio quase geral, ao salve-se quem puder.’’122

Creio que entre esse fato, absolutamente deplorável, até as suas causas, deveria haver espaço para um estudo sério dos doutores, muito além destes levianos palpites de um cronista semanal...


Escrito por Vicente Cascione �s 22h41
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VIDA E MORTE

“Só uma vez fiquei mudo. Foi quando um homem me perguntou: Quem é você ?”

Esta é a confissão do poeta Gibran Khalil Gibran, que com o grito de seus versos despertou pensamentos adormecidos em minha alma que não me atende quando lhe suplico em prece profana: tenha piedade de mim.

Desde o mais longínquo instante que minha memória alcança, tenho vasculhado, em vão, os guardados de minha vida.

Nada me dá a certeza de mim mesmo, ainda que eu me reconheça em fotos e vídeos, numa singela versão virtual diante da qual até os mais desatentos proclamam tratar-se de minha própria imagem.

A causa do distanciamento entre o que fui, e o que sou, não é a passagem dos anos. A metamorfose do corpo, desde a escultura original da mocidade até os despojos derradeiros, pode alterar somente os traços de minha tosca figura humana, mas não está aí a essência do homem.

O que eu sou, é um segredo que não consegui jamais desvendar, embora o revelem, levianamente, as ciganas de prontidão, e os veredictos de egrégios botequins.

Talvez eu seja o rosto oculto por trás do espelho, em cuja face visível, aparece apenas uma imagem refletida, diante da qual, quem vê cara não vê coração.

Caminhei pelos espaços da vida onde deixei as pegadas de meus passos tortuosos, a marca de minhas quedas, os vestígios rubros de meu sangue, o rastro ausente em trechos da travessia onde abri minhas asas e voei longe e perto, em círculos rasantes ou na amplitude de um céu infinito.

Segui o brilho das estrelas para não me perder nos recônditos da noite. Ceguei-me ao fitar o sol, e errei o rumo, enquanto os que olhavam para o chão eram conduzidos por jorros de luz.

Em cada fragmento de vida, deixei minhas impressões digitais, o eco de minha voz, as feridas de meus punhais, a bênção de minhas penas, o suor de meu corpo, cada pérola translúcida de minhas lágrimas, o mistério de meus silêncios, os traços ressequidos de minha indiferença, as cicatrizes de meus instintos.

Escrevi palavras possíveis para exaurir laudas e páginas deixadas em branco, testamento de minhas certezas e dúvidas.

Naveguei nos mares rasos e nos insondáveis oceanos, e morri na praia de ondas mansas e raras, para ressuscitar no milagre revolto dos tsunamis cotidianos.

Adormeci no berço de cordilheiras abruptas, e atravessei noites de insônia, desperto pelo silêncio da lua, e das constelações.

Fugi do tempo, perseguidor incansável e paciente, e prossegui sem olhar para trás, até inevitável momento de meu último cansaço.

Fiz o que fiz, sem conhecer se meu esforço imenso destinou-se a edificar ou a destruir, na efêmera viagem pela vida.

Nunca saberei quem eu fui, nem jamais me reencontrarei, nem haverei de reconhecer meu rosto, minha voz, meu sorriso bom, e minhas mãos, que ficaram inertes na velha fotografia dos meus oito anos, antes dos meus múltiplos assassinatos, em que matei, e em que morri.


Escrito por Vicente Cascione �s 22h41
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FUJA, MEU CARO.

Os pássaros despontaram com o sol, manhã bem cedo, desatentos e confiantes, pela certeza de eu estar, ainda, adormecido.

Do lado de fora, a vidraça reflete as ramagens onde eles brincam. Do lado de dentro, estou eu, cativo, a vigiar, despercebido, a intimidade dos passarinhos.

Mais tarde será impossível encontrá-los quando a rua estiver

povoada de homens e máquinas. Nem adivinho para onde vão nem o que fazem essas aves ágeis e ruidosas cujas vidas parecem durar apenas o breve tempo de uma antemanhã.

Entre tantas, prefiro este sabiá. Suponho que ele percebe minha presença, ali, na espreita, e não me teme. Parece ter, por mim, uma vaga estima, quase uma velha amizade. Até imagino que ele se exibe, no arvoredo, diante da platéia, que sou eu.

Mas quando decido abrir a porta de vidro para saudar a passarinhada em bando, vejo-me travestido num tosco espantalho de carne e osso. E, então, as avezinhas revoam, ramagens ficam desertas e, de repente, tudo é silêncio.

Minhas tentativas de aproximação foram inúteis. Os sábios pássaros não confiam nos homens. A natureza não erra.

Mesmo se eu lhes pudesse dizer que estamos em dezembro, eles duvidariam de meu gesto de paz. Passarinhos desconhecem calendários. Somente obedecem ao tempo das estações, valem-se do sol e das chuvas. Inauguram manhãs, e adormecem, quando morre a tarde. Amam-se no aconhego dos ramos, depois tecem ninhos, e cantam, voam, e morrem, em algum lugar, sem alarde.

Há quem acredite no advento da anunciada paz na terra entre os homens de boa vontade, unicamente pelo cumprimento dos protocolos do Natal e do Ano Novo.

Existem, é verdade, boas almas a semear sinceros votos de um mundo melhor, a despeito de tudo, apesar de tantos...

Estes tantos, vivem ungidos de suas alegrias alcoólicas ou efêmeras como suas vidas, saúdam-se uns aos outros, fazem onda, erguem árvores coloridas, inundam a noite com luzes de artifício e explosão de morteiros, trocam dádivas, rezam nos minutos regressivos, e bebem garrafas disponíveis no altar de Baco, em nome dos outros deuses levianos, desertores de seus plantões.

Estes tantos, incorporam os eufóricos espíritos de arribação que nos finais de cada ano chegam em bando para cumprir a liturgia dos comércios, entoar cânticos de despedida ao ano velho, e de recepção a um novo tempo dado à luz pelo parto de esperanças forçadas, às vésperas de todos os janeiros, quando recomeça, e salve-se quem puder.

É isso. Somente quando a maioria dos homens tiver, mesmo, boa vontade, a paz não será mera convenção de verão, nem um sentimento apenas vigente em datas designadas pelos inúteis calendários, diante dos quais, o tempo ri.

Quando os homens forem dotados, mesmo, de boa vontade, eles poderão abrir suas portas de vidro, na antemanhã, e os pássaros pousarão, sem medo, na palma de suas mãos estendidas. Mãos limpas e justas, à semelhança de seus doces corações humanos.

Agora, fuja, meu caro sabiá.

Quando eu abrir a porta, fuja, ainda que eu lhe jure ser, este, um tempo de paz por estarmos sublimados pela magia dos derradeiros dias do mês de dezembro deste ano da graça... apesar de o pessimismo das “Retrospectivas” das TVs sempre reprisarem sua ficção anual repleta de tanta (des)graça.

Feliz 2010 para todos. De verdade.


Escrito por Vicente Cascione �s 22h39
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AS CHAMAS DO SENTIMENTO

Chegaram os primeiros sinais de um verão clandestino.

As chuvas abundantes, e o inverno explícito, prenunciavam esse verão, habitualmente espaçoso, que costuma invadir a primavera para seguir, em sua incontinência, até os derradeiros dias de outono.

Confesso que, hoje em dia, já não me reconheço como um legítimo animal tropical.

No início da vida, eu aguardava a chegada dos verões com intensa ansiedade. Com ele, vinham as férias do colégio, a desobediência aos horários estabelecidos, a vigência absoluta das horas vagas, o direito de sair à rua para brincar ou vadiar, e de ir jogar futebol nas areias do Canal 1 - propriedade privada dos moleques do meu bairro – bravos defensores daquele território, contra os exércitos invasores.

Também, com o verão, chegavam à minha rua, pelas mãos generosas do bom amigo João Krappa, cachos de uvas rosadas, peras suculentas, e tangerinas de gomos fartos, para lambuzar, com doçura, os lábios da molecada reunida à sombra do chapéu-de-sol que meu pai plantou no pequeno jardim da casa de minha infância.

No entanto, apesar de eu me inundar de mar, de saborear os ventos do largo, e de receber, em meu corpo nu, as águas torrenciais das chuvas vespertinas, já naquele tempo, o verão provocava-me impulsos de rejeição, e, nas minhas queixas noturnas, eu o avisava, repetidamente, de que num dia, cedo ou tarde, nossas relações nunca mais seriam as mesmas.

Nas noites abafadas, de folhas imóveis nas ramagens, e temperaturas de um sol do meio dia, era preciso dormir com todas as janelas inutilmente abertas, porque os quartos retinham as ardências diurnas, e nos corpos suados que alagavam lençóis, esquadrilhas de pernilongos bebiam o sangue dos inocentes, zumbindo seus vôos rasantes diante de agonias insones.

Aquelas noites do iguana impediam o repouso e o sono reparador, como se diabos noturnos entreabrissem a porta dos infernos para castigar as preguiças, abusos, cansaços, vagabundagens, e todos os gozos do verão.

Dei-me conta de entrar para o mundo dos adultos, quando me atrofiei em calças e paletós, enforquei-me com o nó das gravatas, e caminhei com meus pés calçados, debaixo do sol dos trópicos, açoitado, em minha alma e em meu corpo ressequidos, pelo vento noroeste, sob a estridente sinfonia das cigarras.

Comecei, então, a aceitar o inverno como bem-vindo.

Apesar da memória das torturantes calças de lã dos tempos de criança, que pinicavam pernas e coxas, e de amigdalites juninas, com suas febres e injeções de penicilina que me obrigavam, doente, a ver os fogos e os balões, apenas por trás das vidraças que me confinavam, eu comecei a aceitar o inverno.

Descobri o aconchego de lãs e flanelas diante do frio que revigora e restaura os ânimos, dinamiza ações necessárias, espanta a preguiça, traz o sangue de uvas tintas, estimula a leitura, afasta os cansaços, apressa os rios que correm em minhas veias, põe ternura e uma vaga melancolia na alma, e provoca pensamentos densos e profundos.

Oposto, o verão dissipa lembranças, verdades e sonhos, semeia momentos banais, encontros efêmeros, pensamentos toscos, e um prazer fugaz que não sobrevive ao amanhecer, ao copo esvaziado, aos lençóis trocados, às águas de março.

Tenho um profundo respeito por esses fiéis das liturgias rituais e cultos do verão. Sinto, até, uma discreta inveja por não lhes professar a fé, o credo, e a veneração.

Porém, não me converto, e não me convertem.

Mas, peço desculpas por trazer, nas chamas indevidas desta primavera, a memória de tantos invernos em que meu coração viveu sentimentos permanentes - cálidas emoções - que as águas tempestuosas de todos os verões jamais poderão apagar.


Escrito por Vicente Cascione �s 22h38
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LÁGRIMAS

No encontro de duas avenidas, no desvario da cidade, luzes vermelhas obrigam-me a parar.

Naquele momento breve, no meio da noite, forma-se um rebanho de máquinas, e cada uma é um mundo particular, um claustro, um refúgio onde posso pensar sentindo a liberdade de minha solidão, que o automatismo de dirigir, não perturba.

À minha esquerda, em seu carro, uma mulher está só. A lâmpada da rua clareia seu rosto pálido, deixando-lhe nítido o perfil que parece ser um retrato, em sépia, de tempos antigos.

Vejo que ela está chorando. Em sua face inerte, de olhos submissos às cores do semáforo, brilha o rastro úmido de uma lágrima.

Ela leva aos olhos, com ambas as mãos, um lenço pequenino.

O sinal nos liberta, e todos partimos, em paralelas que não se encontram, cada um em busca de seu destino.

Mas logo adiante paramos outra vez, por coincidência, lado a lado.

Ela repete o gesto, tocando os olhos com seu lenço, depois apóia as mãos sobre o volante, e permanece imóvel, enquanto outra lágrima desce, lentamente, nesse rosto de uma pintura antiga.

Não a vi mais, pelo desencontro dos caminhos, em meio ao inquieto rebanho que se dispersa, e sempre se renova.

Nem tive tempo de lhe perguntar por que chorava.

No entanto, comoveu-me o pranto daquela mulher de lágrimas insuspeitas. As lágrimas vertidas, por quem está só, são tragicamente verdadeiras.

Parti, sem lhe conhecer os motivos da amargura.

Talvez a morte tenha-lhe arrebatado uma pessoa amada, e ela cumpria seu caminho torturada por dolorosas lembranças.

Quem sabe uma criatura querida estivesse enferma ou em ruínas. Ou lhe faltasse alguém, cuja ausência povoa de saudades a alma da gente. Quem sabe ?

Mas pode ter sido, simplesmente, o fim de um romance. De um longo romance, duradouro, antigo - marido, companheiro, amante – e ela mergulhada na angústia de sentir-se desamada.

Ou era apenas o término de um caso agudo e fugaz, como a frágil chama do infinito, que não era...

Minha prezada e amargurada dama antiga, cujas lágrimas observei com discrição, e em silêncio. Se o motivo de seu pranto foi o rompimento de um grande amor, ou o fim do enlevo de uma paixão, dou-lhe, modestamente, um útil conselho: não chore mais.

Nesta vida, restam sempre outras dores pelas quais é inevitável chorar. Guarde, pois, o seu pranto.

Este velho cronista de tantas vidas escritas lamenta dizer-lhe que a maioria dos homens não vale o desperdício de uma lágrima.

Nós, os homens – salvo os ungidos pelas bem-aventuranças - não merecemos um pranto verdadeiro derramado de olhos bons, mesmo que ele dure o brevíssimo tempo entre o instante de apagar-se o vermelho e irromper o verde, de um semáforo comum, de uma esquina qualquer.


Escrito por Vicente Cascione �s 22h37
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22/04/2009

O VULTO DA SOLIDÃO

Há quem imagine que a solidão escolhe aposentos sombrios onde possa aninhar-se para se esconder de luzes importunas e do assédio de mentes e corpos preenchidos em seus desejos e sonhos.

Andei céus e terras por esse mundo de Deus, e desci aos seus infernos.

Nesses caminhos da vida encontrei trechos repletos de esperanças, espaços férteis de felicidade, terras áridas de alegria, planícies floridas de amor, montanhas de almas de pedra, e tristezas oceânicas.

A visão das vidas humanas que despontaram a cada passo do meu percurso, inevitavelmente levou-me a enxergar, no espelho dos passageiros do mesmo caminho, a reprodução de minha própria face.

Todos rimos e choramos nossas dores e alegrias, ocultas ou ostensivas, velhas companheiras irmanadas pelo paradoxo das lágrimas, veios da mesma nascente, expressão de sentimentos aparentemente tão desiguais.

Mas, às vezes, o cenário e o personagem causaram-me a errônea percepção de ver a solidão que em verdade não existiu.

Certa vez havia um homem, envelhecido, de aparência triste e cansada, debruçado sobre uma pequena mesa de um bistrô, à beira de um livro aberto. Seus olhos, a olhar o vazio e o longe, estavam desatentos à leitura, e suas mãos não folheavam o livro.

Tive pena do bom camarada, imagem de mim mesmo, e tive pena de mim. Também eu estava ali, em outra mesa, pouco distante dele, falando de coisas graves e banais com meus pensamentos dispersos, exilado e solitário.

Foi aí que ela entrou, imperceptível, até eu ver sua mão, esguia e pálida de frio, tocar os cabelos grisalhos de meu velho camarada, e ele, de modo natural e íntimo, recebeu-a, e lhe falou com sua voz mansa, palavras necessárias e exatas, como convém, diante de uma mulher bem-vinda.

Talvez meu coração solitário tenha criado a ternura, o enlevo e a magia do encontro entre o homem e a mulher, que pode ter sido apenas a execução de uma rotina vulgar, um momento formal, uma conversa estéril, ou um negócio qualquer no meio da tarde.

Com o olhar do sentimento, a gente vê cenários imaginários, personagens irreais, e eles inspiram a ficção transformada em verdade. Distanciado da razão e da mente, nas horas de solidão, o coração vê. E, repetidamente, se engana.

Talvez tenha sido também errônea, uma outra percepção de meu sentimento quando passei naquela ruazinha estreita e deserta, onde somente a porta de uma pequena livraria antiga estava aberta, naquela tarde cinzenta, em Paris.

Saído do movimento febril das ruas do Marais, embrenhei-me num caminho desenhado por fachadas antigas, onde o silêncio permitia apenas o rumor de meus passos nas calçadas de pedra.

Parei para contemplar as janelinhas e portas fechadas, como se ninguém existisse além delas, exceto os lugares de que falei antes, escolhidos pela solidão como morada.

De repente, aproximou-se uma mulher quase invisível no seu denso casaco marrom, com um chapéu a lhe cobrir a cabeça e o rosto. Ela passou por mim como se atravessasse a minha alma vã, abriu uma pequena porta que se fechou para sempre guardando o seu vulto.

Recomecei a caminhar com a vaga impressão de ter visto minha solidão corporificar-se diante de mim para ocupar seu lugar em algum dos aposentos escondidos atrás daquelas paredes antigas.

Mas meu pensamento se dissipou. Certamente, à margem de meus delírios, quem passou por mim não foi a solidão. Foi uma criatura comum, voltando à sua casa, porto onde lança âncoras, cais de seus encontros humanos, e de onde parte para viagens no oceano de uma vida que não adivinho, que não conheço, e que não me diz respeito.
Em verdade, a solidão não se mostra explicitamente. E não avisa quando vai chegar, nem quando vai partir.

Escrito por Vicente Cascione �s 22h00
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A VIDA E A SELVA

Eu no meio desta selva intrincada, quase noite, sob um sol a pino que desfalece sobre a copa de árvores impenetráveis.

Todos os ruídos que eu ouço compõem um hino à liberdade da unanimidade que habita este mundo em que me enredei.

Também já fui náufrago solitário no alto mar, que dispondo de um espaço infinito não tinha para aonde ir. Prisioneiro das águas, aguardei que os mares quisessem arrastar-me para uma ilha ocasional, um porto fortuito, um continente distante.

Nesta floresta em que me embrenhei, sou um estranho que não tem instinto, nem faro, nem percebe os sinais para orientar-se na direção do ponto cardeal da saída.

Na rotina de muitos anos, deambulo na floresta, perseguindo os animais que me caçam, perseguido pelos bichos que me temem, caçador e caça, na luta pela sobrevivência.

Constato a cada instante que os periquitos pousam e vão embora.

Uma onça invisível vive na espreita, e eu a descubro sempre a me seguir pelos sinais de suas patas fincadas na terra úmida. As marcas denunciam que a onça aproximou-se e se afastou, e por um capricho, ou, por estar saciada de outras presas não tão indigestas, adiou minha hora de receber seu pulo fatal.

Voltam os periquitos e pousam, e tornam a ir embora, enquanto o tempo passa e este diário vai sendo redigido sem nenhuma razão, sem nenhum sentido, e sem leitores que não os meus próprios olhos inundados de troncos, cipós, riachos, raízes, folhas e espinhos e toda a fauna e toda a flora de uma natureza liberta, em que sou prisioneiro.

Apesar de fazer escuro, um bando de araras vermelhas e azuis, de gritos extensos, risca os espaços entre as ramagens, e desaparece em revoada.

Répteis e insetos, à altura de meus pés e de meu rosto causam-me medo e mordem esta velha carcaça de tantas cicatrizes e feridas abertas, porque a liberdade está à flor da pele, em minha mente, em meus ossos e em minha alma, mas toda ela é inútil nesse emaranhado da floresta onde teimo em seguir adiante, mas vejo que ando em círculos, e regresso cada vez mais exausto ao ponto de partida.

É toda uma vida nesta floresta, onde não ficarão nem mesmo as pegadas de meus passos, nem vestígios de meu corpo, nem restarão os farrapos que me vestem e se rasgaram a cada passo sob as garras de galhos pontiagudos e de uma abundância de espinhos.

Não haverá lembrança do prisioneiro perdido na floresta, nem de quando ele esteve fora dela, não haverá sua memória nos remanescentes daquele mundo pretérito de minha mocidade, em que vivem e viveram os que não ousaram penetrar a selva, ao contrário desta insensatez que me decidiu levar a devassar a floresta, e a caminhar com liberdade, de peito aberto, municiado com meus sentimentos e minhas verdades.

Achei que quando eu quisesse, ou fosse preciso, encontraria as saídas que eu teria demarcado com a bússula dos meus olhos, com os sentidos de minha pele, com a percepção de minhas coerências.

Os periquitos pousaram. E voaram outra vez, pois é isso que sabem fazer, e lhes basta para cumprir a vida.

Passam as sucuris que anseiam por se enlaçarem em mim, e eu escapo, enquanto posso. Elas dão o bote sobre meu vulto, e meu corpo permanece íntegro. As sucuris se desconformam pelo aperto imaterial de onde saio incólume, ileso.

A onça ainda ronda, as araras azuis e vermelhas colorem a penumbra e voam além do cimo das árvores, para namorar a luz.

Eu permaneço no chão, abaixo desse sol que adivinho brilhar acima da cúpula da floresta, e sou o sobrevivente morto, e sigo resistindo e vencido, triunfante e acuado, prisioneiro e liberto, nessa selva em que me perdi e me encontrei, exatamente intacto, a despeito de estar onde não devia.


Escrito por Vicente Cascione �s 21h58
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O SISTEMA DA MÃE JOANA

Não conheço nenhum outro país do mundo em que um sujeito recebe salário para ficar de cócoras no mato da estrada, vigiando a integridade física de um radar que, por sua vez, vigia a velocidade dos automóveis que circulam pelo chamado Sistema Anchieta Imigrantes.

Quem nunca, ou quase nunca transita pelas estradas desse “fantástico” sistema, talvez perdesse o interesse em prosseguir na leitura desta crônica - digamos – rodoviária. A atenção de algumas pessoas incide sobre temas mais palpitantes, relativos a seu bolso, à sua curiosidade mórbida, ao Big Brother e outros clássicos da cultura universal, e ao sangue que escorre das tragédias e nos inunda a retina, como testemunhas oculares, sujeitos passivos da realidade, prisioneiros do medo ou da indiferença.

Mas mesmo quem não tem o privilégio de rodar pela Anchieta e a Imigrantes sob as “bênçãos” da Ecovias, lerá um extrato da realidade do Sistema.

Pela maneira como nos locomovemos, a pé ou por meio de automóveis, caminhões, motos e bicicletas, revela-se a média do comportamento social.

Nossos patrícios são britânicos. Têm o hábito de adotar a esquerda como mão de direção, como na Grã Bretanha, embora as leis tupiniquins determinem o contrário.

Se alguém quiser livrar-se do séquito de “esquerdistas”, tem que trafegar ou ultrapassar pela direita, onde os espaços são mais disponíveis.

No Sistema Anchieta Imigrantes consagra-se essa prática, estimulada pelas autoridades (in)competentes. No entanto, reconheço serem ditas autoridades dotadas de grande senso humorístico. Espalham faixas aqui, e acolá, para brincar com os caminhoneiros. As faixas lhes advertem, em tom jocoso: “evite multas, trafegue pela direita”.

Mas como os caminhoneiros sabem que jamais serão multados - até porque não existe um único policial ao longo dos trechos da subida da Serra - eles ocupam todas as faixas disponíveis. São onipotentes, blindados às leis, à repressão, aos radares, e à fiscalização.

O amável leitor, usuário do Sistema sabe que nos raros comandos da polícia rodoviária caçam-se somente automóveis ditos de passeio, preferencialmente os mais novos, mais caros, e, sobretudo os importados.

Motos transitam pelas quatro faixas da pista da Imigrantes, e ainda passam por cima e por baixo dos veículos, como um enxame gigante, temerário e barulhento.

Olhem outro exemplo do espírito encarnado dos anglo-saxões e de históricos povos guerreiros. Existem “esquerdistas” que, rodando abaixo da velocidade máxima permitida, consideram uma afronta, um confronto, ou uma provocação, algum atrevido ousar ultrapassá-los. Guerra declarada. Matar ou morrer.

As pistas são um espelho dotado de água em abundância, propiciando eletrizantes momentos de hidroplanagem, e evocando a inesquecível memória do nosso Senna voando às cegas em nuvens e poeira de água, naqueles grandes prêmios impossíveis debaixo de chuva. Ao grande Ayrton, a Ecovias rende uma imorredoura homenagem.

Dá-lhe água, na estrada a céu aberto, e, também dentro dos túneis de onde brotam fartas nascentes para encharcar as pistas, porque impermeabilização é bobagem dos túneis europeus, frescura de francês, italiano e alemão.

Deveria haver UTIs, no Sistema, para atender aos casos de anginas, acidentes vasculares cerebrais e infartos dos usuários mais neuróticos, que por fartura de adrenalina e crises de ira santa, explodem ao longo do percurso. E também alguns hospícios para retirar de circulação os que enlouquecem subitamente no percurso dessa gincana desvairada em que carros, caminhões e motos espalham-se obrigando alguns idiotas a jogarem seu videogame ao vivo, ziguezagueando entre os obstáculos.

Finalmente, viva! a multidão de cones, estreitando as pistas a cada trecho. Cones com formato simbólico de chapéu de palhaço, esse trágico papel que as vítimas indefesas do Sistema desempenham.


Escrito por Vicente Cascione �s 21h57
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O MAR E OS SONHOS

Revejo a à Cordilheira dos Andes.

No caminho, contei ao Pocho - o motorista que me conduziu - a história da primeira vez.

Eu estava embriagado de céu e abismos, a três mil metros de altitude, e de repente, desenhou-se no azul, o voo lento e suave de um condor, planando em um círculo geometricamente perfeito, e ele não parecia me distinguir naquele rebanho de montanhas erectas, homem solitário que se entregava à meditação sobre a estupidez das planícies, o lugar comum das superfícies horizontais, a vulgaridade das areias desertas, a banalidade rasteira do beira-mar.

Há no silêncio manso e brutal das cordilheiras, a ferocidade incontida dos calmos de aparência, a fúria dos monstros telúricos, o prenúncio da hecatombe da antemanhã.

No dorso das montanhas de lavas e rochas despidas de vida, abrem-se fendas profundas, e no topo dos rochedos de onde se abrem desfiladeiros e abismos, eu contemplava o céu e seguia o rastro invisível do condor, e ele vigiava o vôo de minha alma flutuando entre o denso azul de um céu incomum, e o fundo insondável de um vale infinito.

Hoje regressei aos Andes, ao mesmo lugar onde me oculto de mim e do mundo.

Pocho, que me acompanhou, desde Santiago, como se fosse um velho amigo de tantos encontros, não escondeu seu espanto quando, logo após a nossa chegada, apontou, no céu, um condor em seu vôo suave e calmo.

-“Olhe. Ele voltou para te receber” – disse-me ele, com os olhos úmidos, desfeitos da incredulidade que ele não me escondeu quando lhe contei sobre minha primeira vez.

Fiquei atônito, ao rever o pássaro solitário. Mas não houve tempo para a contemplação. Com aparente indiferença, ele se elevou para o azul e desapareceu.

Imerso em sua perplexidade, ao ter diante dos olhos o flagrante da coincidência entre a história que eu lhe contara e a inesperada e súbita presença do condor, quando chegamos àquele refúgio, no topo da Cordilheira, Pocho deixou-me entregue ao meu encontro solitário comigo mesmo, e se afastou, retornando ao carro onde devia esperar-me, para irmos à Isla Negra, à casa de Neruda.

Então meus pensamentos fluiram e me inundaram, e eu perdi a idéia de tempo e espaço. Não me dei conta de estar ali, sobre as montanhas, banhado de sol, coberto de azul. Era como se eu tivesse partido para um planeta baldio, onde não existem as coisas visíveis deste mundo cotidiano em que vivo ou sobrevivo, arrastando meus pés no chão e carregando entulhos na mente.

De repente, despertei da introspecção, e abri meus olhos repletos de sonhos.

Mas outro sonho impossível sobreveio, e se materializou em meus olhos abertos. Foi a imagem do condor, absolutamente real e íntima. O condor, voava tão perto de meu corpo, que eu lhe podia ver os traços nítidos, as cores de suas plumas, os olhos que me fitavam, e era impossível crer que ele se aproximasse tanto, tão imenso, quase ao alcance de minhas mãos.

Mas, como se apenas tivesse me saudado docemente, e me acolhido na intimidade de seu mundo infinito e inconsutil sem ter medo de um velho visitante, comum e banal, em cujos olhos luziam lágrimas reincidentes pelas emoções sentidas diante da vida e do mundo, o condor se elevou verticalmente e voou até tornar-se imperceptível, na vastidão daquele raro céu azul.

Quando, depois, cheguei a Isla Negra, ouvi a voz do poeta, e ele me disse: - Diga como eu, hermano: ”Confesso que vivi”.




Escrito por Vicente Cascione �s 21h56
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17/04/2009

Para onde vamos ?

Eu estava, no aeroporto, em frente ao portão de embarque, no meio da multidão.

Soou o gongo, e uma voz, sem dono, precipitou a aglomeração da turba junto ao portão.

Veio o aviso do embarque preferencial: gestantes, adultos acompanhados de crianças, pessoas com dificuldade de locomoção e idosos entrariam primeiro.

Entrariam. Mas não puderam fazê-lo, porque um bando de alguns indivíduos portadores de excelentes condições físicas, e de deficiência de caráter, antecipou-se para embarcar antes dos tais passageiros preferenciais e dos outros que se alinhavam desde cedo nas cercanias do portão.

Em alguns momentos, sou um desses privilegiados à custa de sua antiguidade, e em favor dos quais se reconhecem direitos especiais, ao menos nos estatutos de papel.

Mas, não faço valer minha prerrogativa decorrente da bonificação da idade. Permaneço distante da sutil carga de cavalaria que desembesta em direção aos aviões atropelando as pessoas e seus direitos.

Caminhando com minhas pernas, e por não padecer ainda dos graves rigores do tempo, não me sinto confortável em passar à frente de quem conseguiu chegar antes e esperar muito, diante do portão de embarque.

Esconde-se uma grande dose de velhacaria na atitude que quem apenas assume a condição de idoso quando o instante lhe convém, mas em outras circunstâncias, dependendo do lugar e da platéia, dá-se ares de garotão.

Além disso, ao não aceitar intimamente o privilégio do embarque prioritário, obrigo-me a resistir com certo heroísmo a alguns estragos impostos pela idade.

Essa resistência pode retardar sinais e sintomas inevitáveis de trágica antiguidade, às vezes prematuros, se jogamos a toalha ou entregamos os pontos na luta pela vida.

Observei, do meu canto, a tribo armada com valises, pastas, pacotes, notebooks, e tralhas. Triste espetáculo de egoísmo e de falta de educação, na conduta de pessoas acostumadas a disparar seus discursos moralizadores e estereotipados contra alvos na mídia de cada dia: a nudez da violência, a carcaça da corrupção, e a face divertida da banalidade.

Mas não se pode afastar a doença cultural. Existe no seio da sociedade de todos os níveis, espécimes acometidos dessa moléstia epidêmica caracterizada pela falta de educação, de respeito, de consideração, de solidariedade, de ética, de espiritualidade, em razão do que instala-se a lei do mais forte, do mais esperto, do mais insensível, do mais pervertido, do mais decidido a levar vantagem em tudo, em salvar-se a si mesmo, em vencer a qualquer preço, em atropelar o que estiver pela frente, em dar vazão a suas desmedidas ambições, em sepultar os valores essenciais à sobrevivência e à convivência dos seres humanos.

Um quadro do comportamento de muitos segmentos sociais desta modernidade, pode ser conhecido a cada instante, pelas amostras pontuais em que ele se revela.

Pelo modo como certas pessoas se comportam diante das outras, tem-se o extrato do jeito de ser de uma parcela da sociedade em que vivemos nestes tempos de grave pós-modernidade.

Não parece bom o diagnóstico. Nem pode ser melhor o prognóstico.

Para onde vamos ?


Escrito por Vicente Cascione �s 07h46
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A TAVERNA DA VIDA

Muito antes das coisas sabidas e bem antes de incontáveis milênios existiu uma civilização cuja história ninguém escreveu.

Os homens eram gentis e respeitosos, e as mulheres exerciam raras virtudes e se revelavam amáveis e dotadas de doce feminilidade.

Passara a época em que a fêmea era abatida e arrastada pelos cabelos, para servir aos caprichos do primeiro troglodita que encontrasse pelo caminho.

Chegava-se a um estágio de civilização admirável.

Talvez uma palavra arcaica, já caída em desuso, mas ainda inscrita em algum dos nossos dicionários contemporâneos, possa definir a face mais expressiva daquela histórica e evoluída civilização.

Recorro ao dicionário para conhecer o significado de uma velha expressão, e aprendo: “Educação – conhecimento e observação dos costumes da vida social; civilidade, delicadeza, polidez, cortesia”.

De lá para cá, passaram-se tantos milênios. Portanto, a humanidade naturalmente deveria ter alcançado uma formidável evolução.

A despeito de certas teimosias da natureza em enfrentar o progresso e a inteligência humana, - por exemplo: a permanência do sol a nascer e a deitar-se todos os dias - as criaturas humanas mudaram muito e, por causa delas, o mundo também mudou.

Mas desde aquela antiga e educada civilização, mantida à margem dos registros históricos, a sociedade moderna ainda lhe repetia, não faz muito tempo, alguns hábitos e costumes. Diante da fêmea, o homem inclinava-se reverente, beijava a mão da mulher, e a distinguia como dama.

Transcorridos um imenso número de carnavais e cultos, os costumes e as civilizações desfilam sua modernidade no sambódromo, praças, ruas, salões, escolas, programas de TV, nas famílias, nos lugares públicos, nos lares, praias, periferias, cidades, campos, bares, restaurantes, universidades, estádios, ônibus, trânsito, trens, metrôs.

Os garis vasculham as cinzas de cada manhã, sem encontrar os vestígios dessa palavra – educação - quase extinta na mente, no gesto, na alma, na razão, nas relações humanas...


Escrito por Vicente Cascione �s 07h45
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MADRUGADA DE INVERNO

Quando chega a idade, sorrateira, é hora de entender que depois do tempo de plantar e de colher, anuncia-se, no longe de cada passo, o tempo de partir.

Que idade é essa - perguntou-me o velho alquebrado e trôpego - para o qual as distâncias já pareciam invencíveis.

É a idade repleta dos anos que se foram – respondi-lhe – mas ele, distraído da resposta, sorriu-me com ternura, antes de inclinar a fronte e cerrar os olhos lentamente, adormecendo sob o sol.

Segui adiante e galguei a Cordilheira estendida logo abaixo da asas de meu vôo.

Na antevéspera, os Andes se erguiam sobre mim, e eu percorria o corpo inchado das montanhas pelos vincos de rugas sinuosas, naquele pequeno carro embaçado de pó, à procura dos cimos mais próximos do azul por onde o condor passa, navegando com o vento.

Agora, aquela imensidão se apequenava no desenho restrito pela moldura da janela do avião.

Rapidamente, a Cordilheira fora deixada para trás, e, toda a terra de vértices colossais transformou-se numa inesgotável planície desbotada e recortada de plantios sucessivos, absolutamente comuns.

O velho não pôde contemplar a imitação da vida descortinada nas imagens fugidias que nascem, vivem e morrem, no tempo fugaz de um bronco pássaro veloz, a percorrer os espaços extremos confinados entre dois oceanos, ao sul do Equador.

Na mesma antevéspera eu era o rio inundando o mar, alagando o Pacífico com as correntes indomáveis de minhas - às vezes telúricas, às vezes brandas - emoções.

Quantos transbordamentos de minha preamar congesta de sangue. E quantos vazios e recuos dessas águas sentimentais fugidas das praias para arremeteram, de repente, sobre mim mesmo, a tragédia dos meus próprios tsunamis.

Tempo de plantar, tempo de colher, quem sabe o tempo de partir?

Em certo momento os homens se descobrem antigos, porque suas palavras são longínquas dos ouvidos moços carregados de tédio, frustração e cansaços em suas mochilas infladas de vento.

Talvez o tempo de partir dos homens antigos coincida com o plantio do mundo novo semeado pelas mãos de crianças precoces e jovens prematuros, ensinados das coisas do mundo pela malsinada experiência de tropeçar em seus próprios pés, de errar sem volta, de gozar a vida embriagada e agonizante pagando o preço do desperdício de seu sangue, de sua inteligência estéril, de sua sensibilidade inutilizada, de seus sonhos abortados.

O tempo de cada um pode ser apenas o de uma noite de verão violentada pela fúria das borrascas e tormentas. Ou pode extinguir-se no átimo de uma triste madrugada de inverno ao longo da qual a vida se esvai com o rio que passa em silêncio refletindo luzes à tona, enquanto arrasta nos lençóis do fundo de seu leito, almas e sentimentos desfeitos além das amuradas de pedra.

O tempo de alguém pode cumprir-se, enfim, no vão de uma tarde de outono. E o sinal da vida extinta talvez desapareça na multidão de folhas mortas levadas pelos ventos.

Tudo transcorre e passa, debaixo do sol.

E o homem antigo segue lentamente, carregando saudades prontas para partir, e conduzindo na alma a lembrança de um velho adormecido, em cujos lábios imobilizou-se, talvez, o sorriso derradeiro, dúvida de alegria ou desencanto, enigma de esperança, Gioconda que se esculpe na face de cada criatura humana.

Nessa expressão do instante final, o homem antigo procurou, em vão, o segredo do momento seguinte. Mas o velho o retinha oculto entre a certeza do nada, e a visão da eternidade...

Então, falando consigo mesmo, ele prosseguiu no trecho final do percurso de sua vida, à sua maneira.



Sou como um rio que inunda o mar


Escrito por Vicente Cascione �s 07h37
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Hist�rico

* 31/01/2010 a 06/02/2010
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14 de abr. de 2010

Infinito Amor provindo do Ser Supremo
Que cria todas as formas de vida
Das mais simples às mais complexas
Constrói todas esferas esparsas na Imensidão
Elabora o que existe de mais belo e de mais maravilhoso em Sua Obra Infinita

Exalta nossos bons sentimentos nos momentos de oração e fervor
Ampara nos momentos de dor
E nos enche de inefável júbilo nos momentos de alegria

Ilumina desde os mais altos cimos da Vida Maior
Até os mais recônditos recessos da retaguarda moral

Sem o Seu Amor Infinito nada existiria
O Universo seria uma efêmera fantasia
Criada por ninguém

Mas o Amor Divino reina soberano
E nunca comete nenhum engano
Em Sua Imensa Criação

Com sua intervenção infalível
Levando todos à perfeição

E nunca existirá maior Amor
Que o Amor do Infinito Criador

nossa existência

Na luz da esperança, a fé esta sempre latente e pulsa de acordo com a nossa confiança. Existem desafios que nós mesmos criamos com a nossa existência. Buscar a nossa perfeição é uma luta constante, do conhecimento do seu eu maior, se aceitar e querer melhorar. É um desafio quando resolvemos renovar, e vencer as nossas imperfeições, ter um autocontrole nos sentimentos. Esta é nossa maior prova, crescemos para a evolução e curamos as nossas mazelas. Meditar é sempre de muita importância. Aprender sem magoas e tristezas a conviver com todos sem se importar com insultos ou desprezo, perdoar com o coração. Nunca jogue magoa a sua corrente sanguínea isto lhe acarretará moléstias. A verdadeira vida o espera. Aqui é passageiro viva para o amanhã melhor. Nada se leva por isso, perdoa. O mais importante é o amor para com os irmãos, tente novamente, tente mais uma vez. Não se arrependerá em ter buscado não a paz do irmão, mas sim a sua paz. Fique no amor de Cristo e na benção de Deus.

15 de mar. de 2010

viver

Que devemos viver para entender ... É para mergulhar na angústia, e molhar os ossos ea pele de experiência, às vezes crua, só assim você pode sentir o pulsar do coração do mundo ... ", Madeira não cresce na facilidade." Cada dor, cada estado de apatia é um prenúncio do conhecimento, carrega em seu ventre a força da "possibilidade". Lembre-se, se você sofre de sofrimento não é livre, o sofrimento é um dom que você está pronto para descobrir alguma coisa, dar um passo para cima, para ir até a etapa que lhe permite desfrutar da paisagem! Lembre-se de como você gosta de montanhas, vá até lá em cima ... olha, e você se sentir mais perto dos anjos e Deus! Lembre-se, sua vida e as oportunidades que você é o melhor do mundo, é para você se levantar e rosto que confrontá-los com força e melhor ... ser feliz! Não se esqueça, somos almas, as almas que decidiram encarnar e evoluir, melhorar, e lembre-se que aqui, nesta terra é povoada por outras almas que têm de evoluir, algumas pessoas ainda dar errado, algumas pessoas vão entender, há que voltará uma e outra vez .. para entender, estar ciente de que a pulsação do mundo ... Se você estiver silencioso e cancelar os seus sentidos e deixe sua alma ouvir, e uma melodia, a melodia de amor, o que parece .. E você já ouviu e. .. feel it! Do you feel it baby, I feel it! They call you baby, baby mas você um dia você olhar através dos olhos da mãe e da criança, os seus filhos ... Lutar, lutar ... Esta sempre foi a sua natureza ... um anjo que já quebrou a caixa de luta, luta por você, a sua essência e lutar pelos outros, porque se olhar para o futuro. Luta por um simples sorriso, um aperto de mão de lutar, lutar por um "sim", a luta por uma ranhura onde se pode semear, as lutas de engolir que um tem que voar, lutar pela vida, para que se ramificam e dispare que vai dar frutos ... Lembre-se ... Jesus também estava com medo, mas estava ciente da magnitude do que eles lutaram, ele lutou pela vida e tem lutado com a única arma vencer: o amor! Embora as estatísticas estão mostrando uma demonstração de como o amor é a única arma .. mas fechamos os nossos olhos, por quê? E um dia vamos dizer .. "Ainda não tínhamos diante de nossos olhos todos os dias .. não quero ver! Nós não queremos ver que o amor é o que nos faz realmente feliz, o que somos." E lembre-se, não tenha medo de amar, é a única coisa que pode salvá-lo, podemos sustentar que nos traz à luz, que nos faz dar um passo para cima. E 'o amor que sempre vence!

CARINHO

Cada um recebe de acordo com o que dá. Se você der ódios e indiferenças, há de recebê-los de volta. Mas se der atenção e carinho, há de ver-se cercado de afeto e amor.# O verdadeiro amor não é aquele que se alimenta de carinho e beijos mas sim aquele que suporta a renúncia e consegue viver na saudade..." Carinho é o óleo que lubrifica as engrenagens da vida O amor se torna favorável pelo carinho, não pela autoridade As dádivas feitas com carinho dobram de valor

9 de mar. de 2010